A autoavaliação parte da necessidade de diagnosticar, acompanhar, discutir os problemas, as potencialidades e os possíveis direcionamentos. O PPGECI, por sua identidade e missão, preza, por exemplo, por processos participativos e democráticos  em suas deliberações. Nesse sentido, os processos de autoavaliação também são marcados por essa característica. Assim, envolve as perspectivas dos/as docentes, discentes, egressos/as, funcionários, técnicos e gestores que compõem a comunidade acadêmica do programa, além da avaliação de membros externos, no sentido de propiciar um processo mais amplo de avaliação que possibilite uma visão multidimensional.

Em relação ao desenvolvimento de políticas e ações de autoavaliação observa-se os seguintes pontos: a) a continuidade;  b) a consistência; c) a coerência; d) a articulação com as diretrizes da CPA e/ou Pró-Reitoria ou  equivalente. Destacamos as seguintes políticas:

1.Criação de políticas afirmativas para o ingresso (desde 2014) e de políticas afirmativas para a distribuição de bolsas (desde 2022): destacamos que ambas foram discutidas  e aprovadas nos momentos de Planejamento Participativo do PPGECI.

2. Participação na Comissão formada por docentes, discentes e servidores técnico-administrativos e coordenada pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação: Esta Comissão realizou a avaliação sistemática dos dados obtidos nos Programas, concluindo um ciclo de seis autoavaliações (2019-2024) dos Programas da UFRPE.

3.Seminário anual de planejamento e Seminários pedagógicos semestrais: realizado anualmente, desde o início das atividades do PPGECI, em 2014, houve um seminário anual de planejamento e seminários pedagógicos semestrais, além das  reuniões mensais do Colegiado.

4. Comissão de docentes para a construção de um documento para complementar o Regimento Interno do PPGECI: constituída em 2019, elaborou  uma proposta para a política de autoavaliação, no âmbito do programa.

5. Política de Acompanhamento dos/das Docentes que tem sido feita pela Comissão de Credenciamento: destinada a Autoavaliação.

6. Política sistemática de participação estudantil: Desde a sua primeira turma, o PPGECI possui uma que tem como principal canal a representação estudantil nas reuniões mensais do Colegiado e nas Comissões.

7. Política de Acompanhamento de Egressos/as: iniciada em 2019, culminou  com a realização do I Encontro de Egressos do PPGECI, que contou com a participação de egressos, docentes e discentes do programa.

8. Sessões mensais do Colegiado do Curso: A relação entre docentes e a coordenação se dá de forma horizontal, como as instâncias da universidade nas quais a coordenação é um posto ocupado temporariamente por servidores públicos.

Seguindo o referido documento da CAPES, os parâmetros da política de autoavaliação do PPGECI têm as seguintes dimensões: Sucesso do aluno, Sucesso do professor e dos técnicos e Sucesso do Programa de maneira global. Considerando essas dimensões, o processo de autoavaliação no PPGECI tem um fluxo contínuo, num sentido de constante sensibilização para a importância da autoavaliação entre docentes e discentes, frequentes realizações de diagnósticos, divulgação ampla e discussão dos resultados com todos os que fazem o programa e redirecionamento de ações, quando necessário.

São ações e instrumentos de autoavaliação as seguintes atividades desenvolvidas:

  • Reunião anual para planejamento estratégico do PPGECI, ocasião em que se discutem possibilidades e limites anuais do Programa, analisando os êxitos, os acertos, os erros e os equívocos. Nestas reuniões, todas as pessoas que compõem o PPGECI participam, sendo, no caso dos/as discentes, a participação por representação;
  • Reunião mensal para discussão das atividades ordinárias do PPGECI, as reuniões de Colegiado. Nestas reuniões, são analisadas e discutidas questões que  têm a ver com a dimensão executiva do PPGECI e, ao mesmo tempo, com questões de âmbito pedagógico e administrativo; 
  • Reuniões semestrais da coordenação do programa com os alunos, para acompanhamento das dificuldades enfrentadas e discussão sobre possibilidades de redirecionamento de ações da coordenação e do trabalho docente;
  • Reunião semestral pedagógica, realizada semestralmente, com discussões pedagógicas que importam para o PPGECI, no âmbito do trabalho coletivo, colaborativo, inter e transdisciplinar. As reuniões pedagógicas, realizadas semestralmente, ajudam para que os desafios ao longo do semestre sejam superados e para que a proposta pedagógica, matriz do PPGECI, não se dilua em ações individuais;
  • Aplicação de questionário para os/as discentes novatos/as, antes do início das aulas, logo após a confirmação das matrículas. Este questionário objetiva fazer um diagnóstico sociocultural e econômico do/a discente, com vistas a se obter informações que possam influenciar diretamente em questões administrativas como, por exemplo, distribuição de bolsa de estudo; questões pedagógicas como, por exemplo, organização da disponibilidade das disciplinas no primeiro semestre, organização dos dias de orientação e da realização das aulas práticas;
  • Aplicação de questionário para os/as discentes veteranos/as, antes do final do semestre, com vistas a ter melhor compreensão de como se podem organizar distribuição de disciplinas; planejamento e realização de aulas práticas; organização e realização de eventos semestrais, internos ao PPGECI como também agenda de participação de discentes em eventos externos ao PPGECI;
  • Uso de instrumento avaliativo das disciplinas, tendo por objetivo melhorar os processos de ensino das disciplinas como também os processos de aprendizagem. O instrumento, no nosso ver, deve ser mais qualitativo, porém como condições de apresentar resultados para que se possa alcançar o que se visa obter com esse tipo de avaliação;
  • Aplicação de questionário, preferencialmente qualitativo, para os/as docentes sobre suas ações ao longo do semestre, pontuando seu projeto de pesquisa, seu grupo de pesquisa, suas orientações acadêmicas; sua produção intelectual e sua formação continuada;
  • Aplicação de questionário para docentes e discentes sobre as ações da gestão, usada para colaborar com a gestão da coordenação, no sentido de continuidade das ações e/ou revisão de procedimentos que não surtiram os objetivos pretendidos;
  • Desenvolvimento de um programa de acompanhamento dos egressos que envolve a manutenção de um grupo de contato com os/as egressos/as; incentivo de participação dos/as egressos/as em ações do PPGECI, realização de um seminário anual dos egressos, ocasião onde discentes, docentes e egressos se encontram e compartilham experiências, conhecimentos e planos para futuros trabalhos, estudos e pesquisas.

Indicadores da autoavaliação

Consideramos os seguintes indicadores de qualidade do programa: 

  • Percentual de alunos que concluíram o curso de mestrado em, no máximo, 30 meses, considerando o número de alunos que iniciaram o curso;
  • Percentual de alunos que qualificaram seu projeto de dissertação em, no máximo, 15 meses, considerando o número de alunos que iniciaram o curso;
  • Percentual de alunos desligados do curso (por solicitação do aluno ou decisão do colegiado), por turma;
  • Média do número de orientandos por docente; 
  • Percentual de alunos inseridos em grupos de pesquisa dos docentes do programa;
  • Percentual de alunos inseridos em projetos de pesquisa dos docentes do programa;
  • Número de Artigos publicados por docente em co-autoria com discentes do programa;
  • Número de Artigos publicados por docente em co-autoria com egressos/as do programa, resultantes das dissertações.  
  • Número de artigos publicados em periódicos internacionais;
  • Número de trabalhos apresentados em eventos com a participação de docentes e/ou discentes do programa (nacionais e internacionais);
  • Número de trabalhos publicados em anais eventos com a participação de docentes e/ou discentes do programa (nacionais e internacionais)
  • Indicadores de Impacto do programa na vida profissional e acadêmica do/a egresso/a: número de egressos/as ingressantes em cursos de doutorado; número de egressos com participação em projetos de pesquisa; número de egressos/as envolvidos em projetos intervenção social ou cultural, número de egressos/as que adquiriu vínculo empregatício em instituição de ensino ou pesquisa após término do curso. 

Ao longo do quadriênio foi possível avaliar a necessidade de aprofundar e consolidar ainda mais esse processo para pensar estratégias, de forma coletiva, que possam ampliar e melhorar a formação ofertada. O trabalho desenvolvido vem sendo traduzido em aumento da produção intelectual do programa e, ao mesmo tempo, vem contribuindo para a consolidação da identidade institucional que está voltada para a inserção e impacto na sociedade.